O Núcleo

Conheça o projeto Núcleo de Curimba Alawô Orin


O objetivo do Projeto Alawọ Orin é o de reunir os mais dedicados da curimba do Barracão de Pai José de Aruanda para formar uma unidade, uma congregação independente, um núcleo que vai priorizar a qualidade tanto dos toques e cânticos, como das regras e preceitos sagrados que envolvem a curimba do terreiro.

O membro do Núcleo de Curimba Alawọ Orin é o representante oficial da curimba do Barracão e está apto a representa-la, bem como orientar os demais sobre sua importância.
Para tanto, realizamos reuniões pontuais, ensaios de toques onde também discutimos o lado sagrado. Realizamos cultos específicos como camarinhas, alimento do couro, giras especiais, feituras, entre outros.

O membro do Alawọ Orin usa vestimenta própria, guias específicas e segue um postulado de regras próprias e independentes daquilo que seguem os demais membros da corrente do Barracão.

A princípio o grupo foi fechado a novos membros até que seus fundadores estivessem preparados para transmitir esse postulado, e ainda assim, novos membros precisam se mostrar aptos e dispostos a seguir o mesmo pilar que sustenta e diferencia nosso grupo.

“O membro de uma verdadeira curimba é um exemplo de comportamento dentro e fora do terreiro, é um representante de sua comunidade religiosa, é uma pessoa dedicada”.

O primeiro evento realizado foi a reunião dos fundadores Alawo Orin que aconteceu dia 07 de maio de 2014 no Barracão de Pai José de Aruanda.

Seus fundadores foram os ogãs:

Agatha Cecília
Maria Eduarda
Fernando Nicassio
Fernando Olimpio
Giovana Alencar
Karoline Falasco
Murilo Falasco
Renan Zafalon  
Wesley Acorinti
Seu presidente é o Ogã suspenso alagbé Pedro Falasco.

Abaixo disponibilizamos nosso regimento interno.

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Os atabaques e demais instrumentos sagrados.

Os atabaques e todos os instrumentos auxiliares da curimba dos Alawọ Orin foram consagrados, e portanto devem ser respeitados como tal.

Estes instrumentos não devem, em nenhuma hipótese, serem utilizados de maneira profana (brincadeiras, divertimentos, festas que não sejam as festas religiosas do Terreiro).

Só podem tocar nos instrumentos os membros da curimba, os Alawọ Orin, salvo em caso de convidados sob previa autorização do Alabé ou Pai de Santo/Guia Chefe. (Estes convidados podem ser visitantes ou membros da corrente mediúnica do Barracão de Pai José, em ambos os casos necessitam de autorização para tocar nos instrumentos consagrados).

Os instrumentos devem ser guardados em local apropriado, seguro e limpo, sua manutenção deve ser observada pelos Alawọ Orin, em caso de necessidade de conserto avisar o Alabé ou o Pai de Santo.


As responsabilidades do Alawô Orin

Durante nossos trabalhos do Barracão de Pai José de Aruanda, bem como em ocasiões de festas e visitas a outros terreiros, todos os Alawọ Orin deverão estar devidamente vestidos com o uniforme completo do Núcleo.

Por questões de segurança e respeito, os Alawọ Orin devem pedir permissão ao Pai de Santo do Barracão para tocar em uma curimba de outro terreiro.

As Guias de direita e esquerda deverão estar sempre com os integrantes, devendo as demais guias serem usadas nos horários em que não estiverem tocando, ou seja, quando estiverem tomando passes, recebendo seus Guias, mas nunca durante sua atividade como Alawọ Orin.

É proibido tocar os instrumentos usando anéis, pulseiras, relógio, ou qualquer item que possa danificar os mesmos, principalmente em se tratando de instrumentos de couro que podem ser facilmente danificados por esses objetos.

O comparecimento de todos os Alawọ Orin nos trabalhos do Barracão é de suma importância, em caso de falta, avisar o Ogã Alabé ou o Pai de Santo com antecedência, pois a Curimba tem um valor muito grande durante os trabalhos, e a simples falta de um integrante pode afetar a harmonia e desenvolvimento do rito.

É importante que os Alawọ Orin se preparem para os trabalhos, se preservando de discussões ou quaisquer outras situações negativas nas horas que antecedem a gira, fazendo seus banhos de defesa e chegando sempre um pouco antes do início da gira para se preparar.


Durante os Trabalhos.

Todo Alawọ Orin tem obrigação de cantar os pontos e não apenas tocar os instrumentos.

Durante os atendimentos aos consulentes, momento em que a curimba faz uma pausa, não devemos ficar com brincadeiras, conversas em tons de voz elevado e tão pouco desviar os pensamentos para assuntos banais e que em nada tem a ver com o trabalho que está sendo realizado, aproveite este momento para descansar, se hidratar e principalmente para tomar seus passes e conversar com os Guias.

Ainda durante os atendimentos, os instrumentos podem e devem ser tocados, porem em volume mais baixo, é imprescindível que sempre fique ao menos um Alawọ de plantão na curimba, se revezando com os demais de uma forma respeitosa e justa. (Lembrando que a qualquer momento os Guias podem precisar da curimba).

Ficar sempre atento às instruções do Guia Chefe da casa com relação a toques e pontos cantados.

Respeitar com o tradicional “RUFO” os momentos pontuais do rito em que se requer uma reverencia maior por parte da curimba e dos Alawôs.

Ao termino dos trabalhos, depois do ponto que fecha o couro, os “couros” devem ser novamente cobertos pela toalha sagrada (o dossel) e a partir de então não podem mais ser tocados até a abertura de uma nova gira.